“See yourself, your image in the eyes of someone else”

- The Horrors, Scarlett Fields

 

Marcando o final do momento denominado Exploração, o projecto segue para a seguinte fase projectual vinculada no briefing, de nome Compreensão. Não confiando no nome, que poderá não ser o mais indicado admite-se, vamos estabelecer os parâmetros deste momento.

Precedendo o momento final, de nome Concretização, encontramo-nos numa fase de pré-Concretização. Soa tolo, sim, mas é uma fase em que se circunscreve a totalidade de progressos conseguidos na fase anterior. Numa fase de exploração nem tudo o que se descobre acaba sendo viável no projecto final, e antes de começar efectivamente a construir uma resposta concreta, é necessário compreender o que pode ser utilizado e o que é mais válido dentro dos parâmetros do projecto.

O projecto por si só evolui desde a escrita do briefing (e portanto desde a primeira Zona de Contacto) e inclusive desde a segunda Zona de Contacto. Começando esta fase desenha-se uma reposta final mais concreta do que antes, com alguns problemas fulcrais resolvidos.

A comunidade, sendo digital, responderá a um individuo especificamente (e individualmente). Como tal estamos perante uma comunicação (primitiva, talvez) entre o individuo e a máquina (sob a forma da comunidade de chegada, a reposta final). Falou-se amplamente dos processos gráficos que caracterizam os indivíduos da comunidade, e que era neles que residia a pertinência da experiência. Mas nunca se especificou que processos poderiam ser esses. De momento espera-se conseguir um efeito espelho, no qual os indivíduos digitais, conscientes da presença humana e da sua cara, tentarão construir-se (através de elementos gráficos ainda por especificar) criando uma espécie de reflexo. Sempre existiu o desejo de tornar a resposta gráfica de algum modo identificável, de algum modo ligada ao individuo, e o que poderá ser mais identificável do que s nossas próprias feições?

De resto a atenção do individuo, a sua presença, accionará os indivíduos. Por oposição a falta de interesse por parte do individuo e o eventual abandono dos indivíduos digitais fará com que estes morram, apenas para se gerarem de novo quando um novo individuo humano neles se interessar.